terça-feira, 18 de maio de 2010

Pré-soluções

“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.”

William Shakespeare




- Por quanto tempo eu posso segurar isso aqui dentro de mim, sentimento que aperta e me leva a deduções infames e que só acabam comigo?

- Se você tiver o motivo de tua angustia em tuas mãos, porque não comece pensando por si próprio, e deixando as coisas acontecerem, a mágoa vem sempre no final. Diga palavras que vêem a ponta da sua língua, mas que por medo, hesitam ser pronunciadas.



Eu nunca fui muito de me arriscar, sempre evitei o erro, fiz o rotineiro, talvez conheça poucos caminhos e a terra da estrada por onde eu costumava andar, esteja batida pelos meus próprios pés.

Ontem de manhã eu atravessei a rua e olhei pra minha casa, ela é tão comum em meio as demais, tamanho padrão e um jardim até que bem tratado porém mero e sem ornatos.

Disseram me um dia, que quando troco os móveis e as flores do vestíbulo, a casa parece aumentar seu tamanho e renova os olhares de fora. Mas tive medo de renovar a porta e a fechadura expandir, e incitar novos expectadores, os quais levassem minha paz, que apesar da mesmice, eu tinha.

No mesmo dia, repensei e resolvi considerar as hipóteses, eu 'arrisquei', andei por novos caminhos, conheci até a vizinhança, em uma tarde soube em quem posso confiar e pra quem eu devo manter meus portões lacrados.

Plantei as flores mais coloridas e com as melhores essências que pude encontrar, até coloquei uns enfeites. O sol as tocou no fim da tarde e eu achei aquilo tão diferente, brilhou meus olhos. Pintei a fachada com cores que eu achava radicais demais pro meu singelo gosto, mas preferi ver no dia seguinte o resultado. Troquei os móveis por coisas mais modernas e até mais simples a visão da minha mente.

Eu dormi cansado e com o coração acelerado por não saber se o que eu fiz agradava a mim mesmo.


Hoje pela manhã acordei disposto, com o sol batendo no meu rosto talvez me chamando pra ir lah fora. Digamos que aceitei o convite e atravessei a rua como fiz na manhã anterior.

Olhei minha casa, olhei de novo e a vi tão diferente, ela tem com cores vivas, o jardim parece sorrir. A casa tá maior, mais alta, mais funda, cabe tanta coisa nela, posso deitar no chão limpo, abrir meus braços o máximo que posso que não esbarro em nada.


Mas a casa é a mesma!


- Estranho a forma que tudo acontece.

- Não é estranho, sua cabeça evolui se você deixar as oportunidades entrarem nela. Se preciso voltar atrás e recomeçar do zero, eu deixo minhas bagagens sentimentais de lado e volto pra onde eu sempre quis estar, do lado do que eu realmente gosto.


E a casa continua sendo a mesma com todas essas hipóteses, você só precisa escolher o que por dentro dela.






quinta-feira, 6 de maio de 2010

Do sujeito ao predicado ll

Alguém já ouviu falar em ação e reação?
Somos feitos de matéria e sentimentos, possuímos qualidades morais muitas vezes maléficos a nós mesmos. Por mais que tentamos fugir delas, absorvem nossa mente nos contagia dos pés a cabeça.
Não existe um ser apenas com a aptidão para receber boas impressões, somos humanos e nos deixamos levar.
Sempre que acordo com o coração apertado, pensando em tudo que passei do singelo ao árduo, sinto aquela ponta de mágoa, arrependimento e rancor. Mas não deveria melindrar-me para sentir as coisas mais vazias e recomeçar do zero, ai então que entra a questão cabeça-chave do texto:
Tudo que fiz/fizeram pra mim, de um jeito ou de outro volta?
É seguro dizer que as coisas não voltam por colocarmos um ser superior no meio de nossas ações, pois as mesmas têm ação direta a nós, entendeu?
Sendo mais estreito, como diria meu amigo Ewerton, se eu te mato, serei preso, e minha cabeça sofreria com tudo que vou passar daqui pra frente e não apenas sofreria por arrependimento.
Eis ação e reação, por teoria e pratica.
Agora voltando ao assunto dos maus sentimentos, não é correto agir por impulso e deixar que esses, se sobreponham a superfície de nossa pele, e fazemos coisas que nos deixem a mercê da ação e reação. Se as boas regras nos permitem bons frutos, o convencional é deixar estar maduro e adulto, se nosso consciente expressa as más teorias, existe uma atitude chamada repressão, eu aprendi a usá-la e vi que não é tão difícil, testa nosso autocontrole e garante que sejamos o mais alto da situação.
Na logística, chamamos de 'pé direito' a medida da altura que vai do chão ao teto. Fora dos meus estudos cheios de cálculos e chatices, uso o 'pé direito' para medir os limites de onde eu posso chegar com o que sinto, com a repressão, eu vi que quando sinto algo inútil que me tiraria a moral, eu posso pisar nessa medida e deixar que ela simplesmente suma, ainda que por algumas horas. Caso contrário, quando tudo passa e meus sentimentos tornam-se maleáveis, vejo que meu 'pé direito' participa do clichê que diz que o céu é o limite.
Se eu sei tudo na teoria, porque na pratica eu me quebro?
Porque eu acho mais fácil, agir sem pensar.
Se meu coração pede, meu corpo obedece, mais ainda, o coração e o corpo são meus. Fecho os olhos e foco a reação e encosto minha cabeça no travesseiro e tenho o melhor sono que posso.

Repense!

domingo, 2 de maio de 2010

Do sujeito ao predicado l

Eu gasto horas da minha vida tentando descobrir o que e quem sou eu, o que faço aqui e se estou agindo da melhor forma.

Chego a conclusões medíocres que mudam diariamente e de acordo com meu humor.

A minha vida é a mais comum possível e acho digno tudo que faço desde acordar cedo para trabalhar até um gole de cerveja no fim de semana.

Mas uma coisa me intriga de um jeito irrelevante, me deixa confuso e com sensação de fracasso, odeio essa palavra, mas muitas vezes me comparo com ela: Conformidade.

Conformidade
(latim conformitas, -atis)

s. f.

1. Qualidade de conforme.

2. Identidade.

3. Semelhança.

4. Analogia.

Deveríamos andar na direção contraria á definição dada ou simplesmente como estivermos está ótimo e tudo bem?

Todos nós pensamos sim, em sair do lugar, dar um passo maior que nossa própria perna pode, mas temos pendências e obrigações, ou simplesmente temos sentimentos.

Consomem-nos.

Olhe para trás, mas olhe para servir de comparação ou motivação para o que você é ou quer ser!

“Não basta apenas estar vivo
Existe um grande caminho a ser percorrido”

Cardiac – Onde Prolifera